Display em Abril 2011

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Display em Abril 2011

Animais do MiniReef

Animais do MiniReef
Animais atuais Abril 2011

Display

Display

Display

Display

VISÃO GERAL DISPLAY

VISÃO GERAL DISPLAY
FOTO:DISPLAY 07 NOVEMBRO 2010

Corais 07 Novembro 2010

Corais 07 Novembro 2010
FOTO: CORAIS

Algas. Como Acabar com Elas?

Algas. Como Acabar com Elas?
FOTO: AQUÁRIO

UMA VIDA SALGADA "O início de um Projeto"

Montando um Aquário Marinho: Vou tentar relatar a montagem passo a passo de meu aquário marinho, assim quem tiver interesse poderá a partir das minhas experiências ter como base o início do seu projeto, no meu caso parti para o projeto com um DRY WET que tudo indica parece-me ser o de melhor custo benefício, principalmente por não necessitar de muita técnica em sua manutenção, bastando apenas a substituição do Perlon e reposições de água doce ou salgada.

COMPOSIÇÃO DO AQUÁRIO

Dimensões(cm): 80Cx50Lx50A (Retangular)
Tipo: Vidro 10mm (Sexto Vidro ) Dry-Wet + móvel de madeira.
Iluminação: HQI de 150 W 14.000k.
Filtragem: Dry Wet
Bomba Retorno: SB2000
Sump: 60 Litros Líquidos
Litragem Total : 190 Litros

MATERIAL

MATERIAL

PROJETO VIDROS

PROJETO VIDROS
Foto: Aquário 6 vidro

MÓVEL

MÓVEL
Foto: Móvel

MODELO DRY WEET

MODELO DRY WEET
Foto: Dry Weet

PRÉVIA LAYOUT

PRÉVIA LAYOUT
Foto: Prévia Rochas Display

SUBSTRATOS - MARINHOS

SUBSTRATOS - MARINHOS
Foto: Substrato

ROCHAS

ROCHAS
Foto: Caixa 18k Rochas

SAL MARINHO

SAL MARINHO
Foto: Sal Marinho (1k/30L)

DRY WET

DRY WET
Foto: Dry Weet Montado (Acrílico)

MONTANDO O DRY WET

Montando o sistema Dry Wet, com a caixa em mãos totalmente furada no fundo partimos para a distribuição dos elementos filtrantes:
(1º A cerâmica 1000g + Matrix 1 litro, 2º Bio Ball 100 unidades e finalizando cobrindo com manta de Perlon)

DRY WEET

DRY WEET : - Esse sistema pode ser de várias maneiras, tanto acoplado na lateral do aquário, quanto colocado em baixo do mesmo. Tem o mesmo sistema do filtro externo mecânico, só que mais dimensionado, e em sua câmara encontram-se outros tipos de passagem e elementos para a fixação de bactérias.

FLANGE RETORNO P/ DRY WET

As flanges serão instaladas no aquário, com saída para o sump na parte inferior (dentro do móvel) conectadas com TE e tubos de 1" furados que serão apoiados sobre o Dry Wet já montado (encostando sobre o Perlon)

RETORNO 3/4 PARA 2 BOMBAS

RETORNO 3/4 PARA 2 BOMBAS
Foto: Conexão Retorno p/Aquário

SUMP (CAIXA)

SUMP (CAIXA)
Foto: Sump (Caixa Industrial)

MÓVEL + SUMP 70 LITROS

MÓVEL + SUMP 70 LITROS
Foto: Móvel montado

SUMP MONTATO

SUMP MONTATO
Foto: Sump Montado

Teste Led Blue Moon

Teste Led Blue Moon
Foto: Teste Lâmpada

FILTRAGEM E BOMBA

FILTRAGEM E BOMBA
Foto: Alguns itens do sump e bomba

TERMOMETRO

TERMOMETRO
Foto: Termômetro Digital

TERMOSTATO

TERMOSTATO
Foto: Termostato

REATOR

REATOR
Foto: Reator HQI 150W

REFLETOR

REFLETOR
Foto: Refletor

TIMER

TIMER
Foto: Timer Digital

CONEXÕES ELÉTRICAS

CONEXÕES ELÉTRICAS
Foto: Algumas conexões

CERÂMICA

CERÂMICA
Foto: Cerâmica

BIO BALL

BIO BALL
Foto: Dois pacotes Bio Ball

FILTROS DE ÁGUA - SINC DE 10

FILTROS DE ÁGUA - SINC DE 10
Foto: Filtro reposição de água doce (Tratamento)

ELEMENTOS FILTRANTES

Tipo Elemento A1- Polipropileno 01 Micra

Tipo Elemento A2 - Carvão Block

O sistema de filtragem para reposição/manutenção de água foi montado com dois elementos filtrantes um de Polipropileno e um de Carvão Block.

DISPLAY

DISPLAY
FOTO: Colagem dos Vidros

DISPLAY MONTADO

DISPLAY MONTADO
FOTO: Display

ILUMINAÇÃO

ILUMINAÇÃO
FOTO: Display Iluminado HQI 150W

PRIMEIROS CORAIS

PRIMEIROS CORAIS
Foto: Primeiros corais 03/09/2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Aquário de Rochas Vivas - Montagem e Manutenção

O aquário marinho fascina por ter cores e formas nada convencionais e assusta pelo custo dos equipamentos e animais. Mas isso é um detalhe superado bela beleza que proporciona. Muitos crêem ser mais difícil de manter do que um aquário de água doce, mas na verdade isso é um mito, pois se fosse dado o cuidado necessário e correto ao aquário dulcícola, este seria mais trabalhoso, devido a mais trocas parciais.

Este guia tem como finalidade expor de maneira clara e objetiva, um melhor jeito de manter e montar um aquário de rochas vivas com peixes, corais e invertebrados de forma simples e saudável. Para um melhor esclarecimento, recomendamos alguns livros ao final desta matéria na bibliografia utilizada.
Existem diversas formas de montar o seu aquário, além do tipo de filtragem e iluminação, você pode ter um aquário para peixes, invertebrados e corais ou somente para peixes. Aqui vamos tratar de um aquário comunitário, com peixes, invertebrados e corais, com um sistema de filtragem biológico de rochas vivas e filtro denitrificante de fundo (“Sistema Dr. Jaubert”), skimmer, iluminação e outros equipamentos essenciais, visto que é o mais montado atualmente e principalmente o que melhor funciona, mantendo por muito mais tempo o aquário estabilizado. Pois existem outros modelos de filtragem, como filtro biológico de placa, filtros de areia fluidizada e dry-wet que acarretam problemas, principalmente, com nitratos e fosfatos, ou seja algas.


MONTAGEMOs seguintes itens são necessários:
aquário: prefira aqueles retangulares e acima de 200 litros (por exemplo 100x40x50cm) para ter uma maior estabilidade, praticidade e mais espaço para uma maior variedade de animais. Note que tamanhos maiores são mais caros, mas muito mais fáceis de serem mantidos. Cuide para o aquário não ser muito estreito e alto, pois dificulta a manutenção e a iluminação; Fazemos sob medida.
móvel: é importante ter uma base firme e a tampa ser arejada e protegida contra umidade; Fazemos sob medida.
placas de filtro biológico: consiste de placas modulares que se encaixam umas nas outras, todas perfuradas, para fazer o filtro denitrificante de fundo;
cascalhoareia de halimeda ou aragonita, a espessura pode ser por volta de 8 a 12cm;
bomba submersa para circulação: use em torno de 15 a 20 vezes o volume do aquário passando pelas bombas por hora, sempre próximas à superfície, ou seja para um aquário de 200 litros poderemos usar duas bombas de 1500 litros por hora até duas de 2000 l/h. Pode parecer muito, mas uma boa movimentação e circulação são fundamentais para uma ótima eficiência da filtragem, maior troca gasosa e sendo assim maior estabilidade do aquário, mantendo uma alta taxa de oxigênio dissolvido (existem dispositivos como Wave Maker e o  Gira-gira, que podemos utilizar para uma melhor circulação de água);
água: deve ser de filtro deionizador ou de filtro de osmose reversa (RO); 
sal sintético: utilizar um de qualidade reconhecida, sem fosfato e nitrato. Em geral 1kg prepara 30 litros;
densímetro: serve para verificar a salinidade da água, que deve estar por volta de 1022;
skimmer: equipamento fundamental, remove dejetos orgânicos, deixando a água limpa e livre de nutrientes em excesso, diminuindo a carga biológica e consequentemente baixos ou nulos níveis de amônia, nitrito, nitrato (em conjunto com o Sistema Jaubert) e fosfato;
rocha viva: utilizar de 10 a 20% do volume do aquário em peso, para um aquário de 200 litros usaríamos de 20 à 40 quilos de rocha. Verificar se as rochas já estão tratadas, as melhores são as de Recife;
termômetro: para medir a temperatura, que deve ser em torno de 24 a 26 graus Celsius;
um bom termostato: para usar em conjunto com um aquecedor ou acoplado a mesma peça. O ideal é que se tenha 1 Watt por litro. O Acquaterm é um termostato que já vem com termômetro; 
iluminação: é fundamental, principalmente se quiser ter invertebrados e corais que se desenvolvam bem. Além disso realçam as cores dos peixes e deixam seu aquário mais bonito e iluminado. Devemos ter uma boa quantidade de lâmpadas fluorescentes, em torno de 1 a 1,5 Watt por litro. Para o aquário cujo objetivo é a manutenção somente de peixes, não há recomendação específica. Quanto ao tipo, procure usar modelos próprios para aquários marinhos, como as do tipo branca (6500K a 14000K) e azul actínica, deixando-as ligadas de 8 a 12 horas por dia, utilizando duas brancas para uma azul. Por exemplo para o nosso aquário de 200 litros podemos utilizar pelo menos 6 lâmpadas, sendo 4 10000K e 2 Actínica, todas de 30W. Podemos utilizar também lâmpadas do tipo VHO (Very High Output) ou compactas, que são lâmpadas fluorescentes de maior potência, diminuindo a quantidade de lâmpadas à colocar e com um custo próximo das convencionais. Existe ainda outro tipo de lâmpada muito utilizada, que é a Metal Halide ou Vapor Metálico, lâmpada de alta potência e brilho, tem um custo mais elevado, mas são muito eficientes e sua luz tem uma beleza inconfundível. Coloque sempre para fora da tampa a instalação elétrica, para evitar corrosão e super aquecimento;
filtro externo: podemos utilizá-lo esporadicamente para fazermos uma boa filtragem química com carvão ativado ou resinas removedoras. Ou então usarmos o sump (caixa de circulação), que nada mais é que uma caixa de vidro (um aquário pequeno sem tampas), colocada lateralmente ou embaixo do aquário, servindo para colocação dos equipamentos de filtragem (skimmer, carvão ativado, resinas), aquecedor, entre outros, além de acumular os detritos excedentes. Se utilizar o sump, faz-se necessário o uso de uma bomba de recalque;
testes: de cálcioalcalinidade ou dureza carbonatada (KH), pHnitrito (NO2) e futuramente se necessário nitrato (NO3) e fosfato (PO4);
suplementos: de cálcio e talvez um tamponador (ou somente o Bio-Calcium);
dica: como utilizamos muitos equipamentos, eles acabam ajudando à esquentar a água e em alguns casos pode se ter uma temperatura acima de 28 graus Celsius, altamente estressante para os animais. Para ajudar a manter a temperatura mais baixa, pode se utilizar um ventilador direcionado para a superfície da água (com termostato), o único problema é que aumenta a evaporação. Se isso não for suficiente, você precisará de umchiller, que serve para resfriar a água do aquário.


COMO USAR E PARA QUE SERVEM OS EQUIPAMENTOSComo funciona?
Depois de algum tempo que a água já estiver circulando pelas rochas vivas – dentro de uma semana, pelo menos – algumas espécies de bactérias se desenvolverão na superfície e no interior das rochas, e assim se reproduzirão e irão se fixar em suas microporosidades. Estas bactérias são bem vindas, benéficas e indispensáveis em nossos aquários. Serão responsáveis pela “transformação” ou melhor dizendo, redução dos compostos orgânicos produzidos em nossos aquários como fezes, restos de comida, etc. Tornando assim nossos aquários habitáveis para peixes das mais diversas espécies. Para isso você precisa de um volume de rochas razoável e uma circulação constante (24 horas por dia, podendo ser oscilatória, utilizando um gira-gira ou um wave maker).
No caso das placas e do cascalho, eles fazem parte do filtro denitrificante de fundo (Sistema Jaubert), que consiste em fomentar bactérias anaeróbicas que consomem nitrato (leva cerca de alguns meses para estabilizar esse sistema).
O skimmer é um escumador de proteínas. Seu funcionamento é simples. Fazendo um turbilhonamento potente com bolhas bem pequenas por uma coluna d’água de altura razoável, retira por meio de contato diversos nutrientes dissolvidos na água do aquário. Sua principal função é deixar o aquário limpo e livre de partículas em suspensão, isso faz com que a água fique cristalina e saudável para peixes e invertebrados. Ou seja é um filtro mecânico à nível molecular, retirando grandes moléculas de proteína da água. E consequentemente ajuda na mínima filtragem biológica, não sobrecarregando o sistema. Como elimina nutrientes dissolvidos na água deve-se tomar cuidado na reposição dos bons elementos, com reposições periódicas de nutrientes e trocas parciais.
Para oxigenar o aquário é que usamos as bombas submersas. Provocando uma movimentação na superfície da água, provendo oxigênio que esta dissolvido no ar e também para circular a água pelas rochas oxigenando-as e auxiliando na filtragem biológica. Não há necessidade de bolhas em nossos aquários. A movimentação causada pelas bombas é suficiente.


Como proceder?
Primeiro montamos as placas do filtro denitrificante de fundo procurando cobrir todo o fundo do aquário com uma ou duas camadas.
Colocamos então o cascalho que deve ser bem lavado antes de ser colocado no aquário. E então com um anteparo no fundo, enchemos o aquário com água desmineralizada (é importante o uso da água desmineralizada, livre de fosfatos e silicatos, para não haver problemas, principalmente com algas). (você pode comprar a água ou então o filtro deionizador ou o filtro de osmose reversa nas lojas de aquário mesmo). Adicionamos o sal sintético aos poucos, retirando água do aquário e misturando em um balde.
As bombas já devem estar fixadas, tenha cuidado para fazer uma boa circulação, procurando colocá-las o mais próximo possível da superfície.
Colocamos a rocha viva após estabilizar a densidade, isso leva alguns dias. Então colocamos o skimmer, para desde o primeiro dia ajudar a eliminar qualquer dejeto orgânico. Deixaremos estabilizar o aquário até os parâmetros de pH, alcalinidade, cálcio e nitrito estarem ideais, pode levar algumas semanas. A iluminação pode começar a ficar ligada a partir de duas horas, aumentando semanalmente uma hora até chegar em dez ou até doze horas diárias. (Dica: você pode utilizar um timer, que é um temporizador que liga-desliga as lâmpadas automaticamente).
A partir da segunda semana, colocamos a turma da limpeza: mini-paguros, turbo snail, ofiúros e depois camarões (bailarino, stenopus, cleaner). São imprescindíveis para uma boa higiene do aquário, pois comem restos de comida, algas e outros dejetos. Podemos começar a colocar outros invertebrados a partir de 30 dias, como zoanthus, estrela vermelha lisa, actinodiscus (mushrooms), palitozoanthus, entre outros, desde que já tenha iluminação.
Passadas algumas semanas após a montagem (cerca de 40 dias, quando o nitrito estiver zerado), então podemos adicionar um peixinho por semana, respeitando a regra de 1cm para cada 10 litros. Prefira os menores e mais mansos inicialmente, como palhacinhos, gramma loreto, baianus pequeno, neon gobi, entre outros. E de preferência peixes algueiros. Quanto aos corais, prefira inicialmente os moles do tipo leather, entre outros, não são tão caros e muito resistentes.


E a manutenção?
Os peixes e outros animais habitantes de nossos aquários necessitam para sua formação e metabolismo, alguns elementos existentes na composição da água salgada. Com o passar do tempo esta necessidade acaba consumindo total ou parcialmente estes oligoelementos, tornando a água pobre, por isso devemos trocar periodicamente uma parte da água, repondo elementos.
Para fazermos a troca de água é necessário deixarmos a água com sal sintético homogeinizando por pelo menos 24 horas, com uma pedra porosa ou bomba submersa. Trocar no máximo 25% (1/4 do volume total) por vez, ou seja, num aquário de 200 litros devemos tirar no máximo 50 litros. Procure sifonar as rochas para ajudar a retirar o pó que pode ficar concentrado em cima delas. Antes de adicionar água nova no aquário não se esqueça de verificar se está com a densidade, o pH e temperatura semelhantes a água do aquário.
No caso de reposição devido à evaporação, devemos colocar um tamponador (Triple-Buffer ou Reef and Marine pH Buffer). Também podemos usar oKalkwasser (suplemento à base de hidróxido de cálcio), que diluído com água doce torna-se uma solução saturada de hidróxido de cálcio - Ca(OH)2, ou seja além de aumentar a reserva alcalina e manter o pH estável, repõe cálcio. Também podemos utilizar o Bio-Calcium, que já vem completo e estabiliza o aquário ionicamente. Isto faz com que em poucos meses as rochas estejam bem rosadas, repletas de algas calcáreas (pinks). Só deve-se ter cuidado com a quantidade a ser reposta para não alterar drasticamente o pH e ser feita preferencialmente ao anoitecer. Podemos usar também algum tipo de repositor automático (Eclusa) ou uma simples bóia plástica acoplada ao sump. Outra forma de se adicionar cálcio, tamponador e nutrientes no aquário e usar o Bio-Calcium. Desta forma, com a água e o aquário mais limpos, temos um ambiente mais estável. Não há “prazo de validade”, ou seja, o aquário não acaba, não existem mais períodos de mortes incontroláveis e tudo passa a andar melhor. Peixes e invertebrados mais saudáveis, menos dinheiro jogado fora e aí sim podemos ter aqueles peixes e corais considerados mais sensíveis ou mais caros.
Dica: no caso de aparecer algas, nunca lave as rochas em água doce. Isto é um crime! Um aquário para atingir a maturidade plena leva cerca de 6 meses. Com um bom sistema de filtragem, reposição de nutrientes, iluminação adequada, trocas parciais periódicas e quantidade controlada de peixes e alimentação, jamais haverá esta necessidade. Caso ocorra uma infestação faça trocas parciais mais frequentes e verifique a qualidade da água e do sal utilizados (se necessário utilize resinas removedoras de fosfatos,silicatos e nitratos).
Então são imprescindíveis as trocas parciais periódicas, pelo menos uma vez por mês, limpeza dos vidros semanalmente, reposição de nutrientes periodicamente (CombiSan ou outro similar), reposição de água evaporada com tamponador (para não comprometer o pH e a reserva alcalina), limpeza do skimmer semanalmente e utilizar o carvão ativado periodicamente. Alimentação de maneira racional (o suficiente para ser consumida em poucos minutos) e quantidade moderada de peixes ajudam. As bombas podem ser limpas a cada 3 ou 4 meses, para retirada de incrustações e algas.
O filtro químico (carvão ativado ou outro elemento) serve para absorver alguns elementos tóxicos do aquário. No caso das resinas, elas são removedoras ou controladoras de fosfatos, nitratos ou silicatos. Num aquário bem estabilizado acaba se utilizando somente carvão ativado (sem fosfato e sem nitrato), devido à suas ótimas propriedades de absorção e adsorção de gases, fenóis e outros subprodutos, auxiliando muito na limpeza e estabilidade do aquário. Utilize por no máximo 7 dias.


RESUMINDO...
Há sete itens importantes à serem observados em um aquário marinho de rochas vivas periodicamente, sendo eles:

  • alcalinidade, reserva alcalina (2,2 à 3,6 meq/l ou ppm) ou dureza carbonatada (KH 7 à 10)

  • cálcio (350 à 450 ppm)

  • pH (8,2 à 8,6)

  • nitrato (até 20 ppm)

  • fosfatos (até 0,2 ppm)

  • densidade (1020 à 1024)

  • temperatura (24 à 26 graus Celsius)
Esses testes devem ser feitos periodicamente. Após o aquário estabilizado, o que leva em torno de quatro meses, a necessidade de testes será menor. O mais importante é a estabilidade dos parâmetros.


Então você precisa de:

  • equipamentos adequados

  • manutenção correta e periódica

  • alimentação racional (mas não pouca) e bem variada

  • comprar peixes e invertebrados saudáveis

  • testes de pH, alcalinidade ou dureza, cálcio, densímetro, nitrito, nitrato e fosfato – os mais usados, mas existem outros, como amônia, magnésio e silicato.
Obs.: medicamentos devem ser evitados a qualquer custo usados apenas quando necessários. Qualquer medicamento prejudica o equilíbrio biológico do aquário. Não esqueça de retirar o carvão ativado e desligar o skimmer, para não cortar o efeito do produto. E após o uso de algum medicamento, recoloque o carvão ativado, troque 20% da água e na semana seguinte mais 20%. O melhor é ter um aquário hospital ou quarentena.


DICAS
Anjos, balistes, borboletas, entre outros são peixes que devoram corais e invertebrados, por isso não são recomendáveis para aquários contendo estes animais. Podem ser colocados em aquários somente de rochas vivas com outros peixes.
É muito importante manter estáveis os parâmetros do aquário, mesmo que não consiga obter os parâmetros ideais não faça mudanças bruscas.


BIBLIOGRAFIA 

  • Aquários Marinhos de Recifes de Corais – Alberto Bacelar 




  • O Aquário Marinho & as Rochas Vivas – Sérgio Gomes




  • The Reef Aquarium Volume One – J. C. Delbeek and Julian Sprung




  • Reef Secrets - Nilsen & Fossa




  • Aquarium Corals - Eric H. Borneman 




  • Fonte: Aquabetta
  • quinta-feira, 22 de julho de 2010

    Algas. Como Acabar com Elas?

    Quem nunca teve um problema (mesmo que pequeno) com essas indesejáveis "formas de vida"? Eu sei, você já teve, está tendo ou conhece alguém que tem esse problema...é normal. Tudo bem, é normal. Mas ser normal não significa ser agradável, não é mesmo? Então a pergunta é só uma: como não ter problemas com algas azuis, verdes, marrons, rosas, pretas, etc?

    Neste artigo não vou falar de nenhum tipo de alga em especial, não vou usar o argumento simplista e preguiçoso de que algas marrons significam falta de luz e algas verdes significam excesso da mesma (isso é apenas mais um dos "mitos" espalhados por aí) e muito menos vou citar nome científicos de algas. Isso não interessa a mim nem a você. Será apenas um artigo simples (não simplista), objetivo e principalmente: FUNCIONA.
    Primeiramente, é preciso deixar bem claro que este artigo não se aplica àqueles aquários que acabaram de ser montados. É óbvio que no começo, ocorrem diversas mudanças dentro de um aquário. Disso todo mundo já sabe. Então, se apareceram algas marrons nos vidros, se apareceram algas verdes nas pedras, se a água ficou turva, se qualquer coisa desse tipo aconteceu no seu aquário montado há pouco tempo, não se preocupe demais. É assim mesmo. Agora, se o seu aquário estava uma beleza, com as plantas indo bem e com tudo "aparentemente" em ordem e de repente aconteceu uma explosão de algas, é preciso "esquentar um pouco a cabeça". Mas é preciso saber diferenciar um "problema com algas" da "existência de algas". TODOS os aquários normais têm algas. Mas o importante é que nem todos os aquários têm problemas com elas, pode haver uma convivência pacífica (é até bonito ver algumas algas filamentosas crescendo sobre pedras e troncos).
    Ok, você tem um verdadeiro problema com algas. O primeiro passo é parar para analisar. Isso mesmo, analisar. Seu aquário tem peixes demais? Você alimenta seus peixes em excesso? E as trocas de água? Utiliza algum tipo de fertilizante? Qual? Enfim, são muitas variáveis...
    Uma coisa é certa: vou bater sempre na mesma tecla. Algas só viram um problema em aquários com excesso de nutrientes, principalmente nitrato e fosfato. Então, se os níveis desses dois "sujeitos" forem controlados, as algas não serão responsáveis por dores de cabeça.
    O próximo passo é comprar um teste de nitrato (NO3) e um de fosfato (PO4). Se os testes indicarem mais de 20 mg/l de nitrato e mais de 5 mg/l de fosfato, é bom começar a procurar a causa do problema. Como foi mencionado acima, as principais causas desses níveis anormais são: muitos peixes no aquário, excesso de alimentação, poucas e/ou pequenas trocas de água, fertilizantes de baixa qualidade, entre outros. Até encontrar e resolver a causa do problema, como medida emergencial pode-se fazer grandes e frequentes trocas de água. Algo como 10% a cada 3 dias ou 40-50% a cada semana (imagina só o trabalho). Isso deve ajudar a manter os níveis estáveis.
    O problema do excesso de peixes e de alimentação é óbvio. Quanto mais peixes, mais dejetos. Quanto mais dejetos, mais material em decomposição se transformando em nitrato. O mesmo acontece com o excesso de alimentos.
    O problema dos fertilizantes é algo fácil de se resolver. Para saber se o fertilizante é bom para plantas ou excelente para algas basta dar uma olhada em sua composição. Se aparece algo como "fosfato de não-sei-o-que" ou "nitrato de alguma coisa" pode esquecer. É apenas um produto vagabundo feito por alguma marquinha que não se preocupa com a qualidade de seus produtos e muito menos com problemas que podem aparecer nos aquários dos consumidores.
    As trocas de água são fundamentais. Não importa o quanto seu sistema de filtragem seja bom, nada substitui as trocas semanais. Nitrato e fosfato são acumulativos, eles não desaparecem por mágica. Precisam ser exportados. Em um aquário equilibrado, trocas semanais de 20% do volume são suficientes para manter os níveis em torno de 15 mg/L (NO3) e 2-3 mg/L (PO4).
    Além disso, é importante fazer os mesmos testes com a água de reposição. Níveis acima de 5 mg/L (NO3 e/ou PO4) são um péssimo sinal. Esse problema já é um pouco mais complicado. Para resolver, só com resinas removedoras de nitrato e fosfato ou com caros deionizadores ou aparelhos de osmose reversa.
    Paralelamente ao problema dos nutrientes, devemos nos preocupar também com a iluminação. Lâmpadas de espectro fotossintético "quente" (Flora-Glo, por exemplo) agravam ainda mais o problema com as algas. Então, é preciso cuidado na hora de escolher as lâmpadas do aquário. Mais preocupação com a qualidade do que com a potência.
    Portanto, controlando os níveis de nitrato e fosfato e utilizando lâmpadas no mínimo razoáveis, problemas com algas ficarão para o passado. É importante saber disso antes de tomar qualquer outro tipo de medida, pode lhe poupar tempo e dinheiro. Um aquário bonito depende de bastante cuidado e atenção.

    Fonte: AQUAHOBBY - Algas (Como acabar com elas?)

    domingo, 18 de julho de 2010

    Montagem e Manutenção

    O aquário marinho fascina por ter cores e formas nada convencionais e assusta pelo custo dos equipamentos e animais. Mas isso é um detalhe superado bela beleza que proporciona. Muitos crêem ser mais difícil de manter do que um aquário de água doce, mas na verdade isso é um mito, pois se fosse dado o cuidado necessário e correto ao aquário dulcícola, este seria mais trabalhoso, devido a mais trocas parciais.
     

    Este guia tem como finalidade expor de maneira clara e objetiva, um melhor jeito de manter e montar um aquário de rochas vivas com peixes, corais e invertebrados de forma simples e saudável. Para um melhor esclarecimento, recomendamos alguns livros ao final desta matéria na bibliografia utilizada.

    Existem diversas formas de montar o seu aquário, além do tipo de filtragem e iluminação, você pode ter um aquário para peixes, invertebrados e corais ou somente para peixes. Aqui vamos tratar de um aquário comunitário, com peixes, invertebrados e corais, com um sistema de filtragem biológico de rochas vivas e filtro denitrificante de fundo (“Sistema Dr. Jaubert”), skimmer, iluminação e outros equipamentos essenciais, visto que é o mais montado atualmente e principalmente o que melhor funciona, mantendo por muito mais tempo o aquário estabilizado. Pois existem outros modelos de filtragem, como filtro biológico de placa, filtros de areia fluidizada e dry-wet que acarretam problemas, principalmente, com nitratos e fosfatos, ou seja algas.



    MONTAGEM

    Os seguintes itens são necessários:
    Aquário: prefira aqueles retangulares e acima de 200 litros (por exemplo 100x40x50cm) para ter uma maior estabilidade, praticidade e mais espaço para uma maior variedade de animais. Note que tamanhos maiores são mais caros, mas muito mais fáceis de serem mantidos. Cuide para o aquário não ser muito estreito e alto, pois dificulta a manutenção e a iluminação; Fazemos sob medida.
    Móvel: é importante ter uma base firme e a tampa ser arejada e protegida contra umidade; Fazemos sob medida.
    Placas de filtro biológico: consiste de placas modulares que se encaixam umas nas outras, todas perfuradas, para fazer o filtro denitrificante de fundo;

    Cascalho: areia de halimeda ou aragonita, a espessura pode ser por volta de 8 a 12cm;
    Bomba submersa para circulação: use em torno de 15 a 20 vezes o volume do aquário passando pelas bombas por hora, sempre próximas à superfície, ou seja para um aquário de 200 litros poderemos usar duas bombas de 1500 litros por hora até duas de 2000 l/h. Pode parecer muito, mas uma boa movimentação e circulação são fundamentais para uma ótima eficiência da filtragem, maior troca gasosa e sendo assim maior estabilidade do aquário, mantendo uma alta taxa de oxigênio dissolvido (existem dispositivos como Wave Maker e o Gira-gira, que podemos utilizar para uma melhor circulação de água);

    Água: deve ser de filtro deionizador ou de filtro de osmose reversa (RO);
    Sal sintético: utilizar um de qualidade reconhecida, sem fosfato e nitrato. Em geral 1kg prepara 30 litros;
    Densímetro: serve para verificar a salinidade da água, que deve estar por volta de 1022;
    Skimmer: equipamento fundamental, remove dejetos orgânicos, deixando a água limpa e livre de nutrientes em excesso, diminuindo a carga biológica e consequentemente baixos ou nulos níveis de amônia, nitrito, nitrato (em conjunto com o Sistema Jaubert) e fosfato;
    Rocha viva: utilizar de 10 a 20% do volume do aquário em peso, para um aquário de 200 litros usaríamos de 20 à 40 quilos de rocha. Verificar se as rochas já estão tratadas, as melhores são as de Recife;

    Termômetro: para medir a temperatura, que deve ser em torno de 24 a 26 graus Celsius;
    Um bom termostato: para usar em conjunto com um aquecedor ou acoplado a mesma peça. O ideal é que se tenha 1 Watt por litro. O Acquaterm é um termostato que já vem com termômetro;
    Iluminação: é fundamental, principalmente se quiser ter invertebrados e corais que se desenvolvam bem. Além disso realçam as cores dos peixes e deixam seu aquário mais bonito e iluminado. Devemos ter uma boa quantidade de lâmpadas fluorescentes, em torno de 1 a 1,5 Watt por litro. Para o aquário cujo objetivo é a manutenção somente de peixes, não há recomendação específica. Quanto ao tipo, procure usar modelos próprios para aquários marinhos, como as do tipo branca (6500K a 14000K) e azul actínica, deixando-as ligadas de 8 a 12 horas por dia, utilizando duas brancas para uma azul. Por exemplo para o nosso aquário de 200 litros podemos utilizar pelo menos 6 lâmpadas, sendo 4 10000K e 2 Actínica, todas de 30W. Podemos utilizar também lâmpadas do tipo VHO (Very High Output) ou compactas, que são lâmpadas fluorescentes de maior potência, diminuindo a quantidade de lâmpadas à colocar e com um custo próximo das convencionais. Existe ainda outro tipo de lâmpada muito utilizada, que é a Metal Halide ou Vapor Metálico, lâmpada de alta potência e brilho, tem um custo mais elevado, mas são muito eficientes e sua luz tem uma beleza inconfundível. Coloque sempre para fora da tampa a instalação elétrica, para evitar corrosão e super aquecimento;
    Filtro externo: podemos utilizá-lo esporadicamente para fazermos uma boa filtragem química com carvão ativado ou resinas removedoras. Ou então usarmos o sump (caixa de circulação), que nada mais é que uma caixa de vidro (um aquário pequeno sem tampas), colocada lateralmente ou embaixo do aquário, servindo para colocação dos equipamentos de filtragem (skimmer, carvão ativado, resinas), aquecedor, entre outros, além de acumular os detritos excedentes. Se utilizar o sump, faz-se necessário o uso de uma bomba de recalque;

    Testes: de cálcio, alcalinidade ou dureza carbonatada (KH), pH, nitrito (NO2) e futuramente se necessário nitrato (NO3) e fosfato (PO4);

    Suplementos: de cálcio e talvez um tamponador (ou somente o Bio-Calcium);

    Dica: como utilizamos muitos equipamentos, eles acabam ajudando à esquentar a água e em alguns casos pode se ter uma temperatura acima de 28 graus Celsius, altamente estressante para os animais. Para ajudar a manter a temperatura mais baixa, pode se utilizar um ventilador direcionado para a superfície da água (com termostato), o único problema é que aumenta a evaporação. Se isso não for suficiente, você precisará de um chiller, que serve para resfriar a água do aquário.

    COMO USAR E PARA QUE SERVEM OS EQUIPAMENTOS

    Como funciona?
    Depois de algum tempo que a água já estiver circulando pelas rochas vivas – dentro de uma semana, pelo menos – algumas espécies de bactérias se desenvolverão na superfície e no interior das rochas, e assim se reproduzirão e irão se fixar em suas microporosidades. Estas bactérias são bem vindas, benéficas e indispensáveis em nossos aquários. Serão responsáveis pela “transformação” ou melhor dizendo, redução dos compostos orgânicos produzidos em nossos aquários como fezes, restos de comida, etc. Tornando assim nossos aquários habitáveis para peixes das mais diversas espécies. Para isso você precisa de um volume de rochas razoável e uma circulação constante (24 horas por dia, podendo ser oscilatória, utilizando um gira-gira ou um wave maker).

    No caso das placas e do cascalho, eles fazem parte do filtro denitrificante de fundo (Sistema Jaubert), que consiste em fomentar bactérias anaeróbicas que consomem nitrato (leva cerca de alguns meses para estabilizar esse sistema).
    O skimmer é um escumador de proteínas. Seu funcionamento é simples. Fazendo um turbilhonamento potente com bolhas bem pequenas por uma coluna d’água de altura razoável, retira por meio de contato diversos nutrientes dissolvidos na água do aquário. Sua principal função é deixar o aquário limpo e livre de partículas em suspensão, isso faz com que a água fique cristalina e saudável para peixes e invertebrados. Ou seja é um filtro mecânico à nível molecular, retirando grandes moléculas de proteína da água. E consequentemente ajuda na mínima filtragem biológica, não sobrecarregando o sistema. Como elimina nutrientes dissolvidos na água deve-se tomar cuidado na reposição dos bons elementos, com reposições periódicas de nutrientes e trocas parciais.
    Para oxigenar o aquário é que usamos as bombas submersas. Provocando uma movimentação na superfície da água, provendo oxigênio que esta dissolvido no ar e também para circular a água pelas rochas oxigenando-as e auxiliando na filtragem biológica. Não há necessidade de bolhas em nossos aquários. A movimentação causada pelas bombas é suficiente.
    Como proceder?
    Primeiro montamos as placas do filtro denitrificante de fundo procurando cobrir todo o fundo do aquário com uma ou duas camadas.
    Colocamos então o cascalho que deve ser bem lavado antes de ser colocado no aquário. E então com um anteparo no fundo, enchemos o aquário com água desmineralizada (é importante o uso da água desmineralizada, livre de fosfatos e silicatos, para não haver problemas, principalmente com algas). (você pode comprar a água ou então o filtro deionizador ou o filtro de osmose reversa nas lojas de aquário mesmo). Adicionamos o sal sintético aos poucos, retirando água do aquário e misturando em um balde.
    As bombas já devem estar fixadas, tenha cuidado para fazer uma boa circulação, procurando colocá-las o mais próximo possível da superfície.
    Colocamos a rocha viva após estabilizar a densidade, isso leva alguns dias. Então colocamos o skimmer, para desde o primeiro dia ajudar a eliminar qualquer dejeto orgânico. Deixaremos estabilizar o aquário até os parâmetros de pH, alcalinidade, cálcio e nitrito estarem ideais, pode levar algumas semanas. A iluminação pode começar a ficar ligada a partir de duas horas, aumentando semanalmente uma hora até chegar em dez ou até doze horas diárias. (Dica: você pode utilizar um timer, que é um temporizador que liga-desliga as lâmpadas automaticamente).
    A partir da segunda semana, colocamos a turma da limpeza: mini-paguros, turbo snail, ofiúros e depois camarões (bailarino, stenopus, cleaner). São imprescindíveis para uma boa higiene do aquário, pois comem restos de comida, algas e outros dejetos. Podemos começar a colocar outros invertebrados a partir de 30 dias, como zoanthus, estrela vermelha lisa, actinodiscus (mushrooms), palitozoanthus, entre outros, desde que já tenha iluminação.
    Passadas algumas semanas após a montagem (cerca de 40 dias, quando o nitrito estiver zerado), então podemos adicionar um peixinho por semana, respeitando a regra de 1cm para cada 10 litros. Prefira os menores e mais mansos inicialmente, como palhacinhos, gramma loreto, baianus pequeno, neon gobi, entre outros. E de preferência peixes algueiros. Quanto aos corais, prefira inicialmente os moles do tipo leather, entre outros, não são tão caros e muito resistentes.

     
    E a manutenção?
    Os peixes e outros animais habitantes de nossos aquários necessitam para sua formação e metabolismo, alguns elementos existentes na composição da água salgada. Com o passar do tempo esta necessidade acaba consumindo total ou parcialmente estes oligoelementos, tornando a água pobre, por isso devemos trocar periodicamente uma parte da água, repondo elementos.
    Para fazermos a troca de água é necessário deixarmos a água com sal sintético homogeinizando por pelo menos 24 horas, com uma pedra porosa ou bomba submersa. Trocar no máximo 25% (1/4 do volume total) por vez, ou seja, num aquário de 200 litros devemos tirar no máximo 50 litros. Procure sifonar as rochas para ajudar a retirar o pó que pode ficar concentrado em cima delas. Antes de adicionar água nova no aquário não se esqueça de verificar se está com a densidade, o pH e temperatura semelhantes a água do aquário.

    No caso de reposição devido à evaporação, devemos colocar um tamponador (Triple-Buffer ou Reef and Marine pH Buffer). Também podemos usar o Kalkwasser (suplemento à base de hidróxido de cálcio), que diluído com água doce torna-se uma solução saturada de hidróxido de cálcio - Ca(OH)2, ou seja além de aumentar a reserva alcalina e manter o pH estável, repõe cálcio. Também podemos utilizar o Bio-Calcium, que já vem completo e estabiliza o aquário ionicamente. Isto faz com que em poucos meses as rochas estejam bem rosadas, repletas de algas calcáreas (pinks). Só deve-se ter cuidado com a quantidade a ser reposta para não alterar drasticamente o pH e ser feita preferencialmente ao anoitecer. Podemos usar também algum tipo de repositor automático (Eclusa) ou uma simples bóia plástica acoplada ao sump. Outra forma de se adicionar cálcio, tamponador e nutrientes no aquário e usar o Bio-Calcium. Desta forma, com a água e o aquário mais limpos, temos um ambiente mais estável. Não há “prazo de validade”, ou seja, o aquário não acaba, não existem mais períodos de mortes incontroláveis e tudo passa a andar melhor. Peixes e invertebrados mais saudáveis, menos dinheiro jogado fora e aí sim podemos ter aqueles peixes e corais considerados mais sensíveis ou mais caros.
    Dica: no caso de aparecer algas, nunca lave as rochas em água doce. Isto é um crime! Um aquário para atingir a maturidade plena leva cerca de 6 meses. Com um bom sistema de filtragem, reposição de nutrientes, iluminação adequada, trocas parciais periódicas e quantidade controlada de peixes e alimentação, jamais haverá esta necessidade. Caso ocorra uma infestação faça trocas parciais mais frequentes e verifique a qualidade da água e do sal utilizados (se necessário utilize resinas removedoras de fosfatos, silicatos e nitratos).

    Então são imprescindíveis as trocas parciais periódicas, pelo menos uma vez por mês, limpeza dos vidros semanalmente, reposição de nutrientes periodicamente (CombiSan ou outro similar), reposição de água evaporada com tamponador (para não comprometer o pH e a reserva alcalina), limpeza do skimmer semanalmente e utilizar o carvão ativado periodicamente. Alimentação de maneira racional (o suficiente para ser consumida em poucos minutos) e quantidade moderada de peixes ajudam. As bombas podem ser limpas a cada 3 ou 4 meses, para retirada de incrustações e algas.
    O filtro químico (carvão ativado ou outro elemento) serve para absorver alguns elementos tóxicos do aquário. No caso das resinas, elas são removedoras ou controladoras de fosfatos, nitratos ou silicatos. Num aquário bem estabilizado acaba se utilizando somente carvão ativado (sem fosfato e sem nitrato), devido à suas ótimas propriedades de absorção e adsorção de gases, fenóis e outros subprodutos, auxiliando muito na limpeza e estabilidade do aquário. Utilize por no máximo 7 dias.

    RESUMINDO

    Há sete itens importantes à serem observados em um aquário marinho de rochas vivas periodicamente, sendo eles:

    alcalinidade, reserva alcalina (2,2 à 3,6 meq/l ou ppm) ou dureza carbonatada (KH 7 à 10)

    cálcio (350 à 450 ppm)

    pH (8,2 à 8,6)

    nitrato (até 20 ppm)

    fosfatos (até 0,2 ppm)

    densidade (1020 à 1024)

    temperatura (24 à 26 graus Celsius)

    Esses testes devem ser feitos periodicamente. Após o aquário estabilizado, o que leva em torno de quatro meses, a necessidade de testes será menor. O mais importante é a estabilidade dos parâmetros.


    Então você precisa de:

    equipamentos adequados

    manutenção correta e periódica

    alimentação racional (mas não pouca) e bem variada

    comprar peixes e invertebrados saudáveis

    testes de pH, alcalinidade ou dureza, cálcio, densímetro, nitrito, nitrato e fosfato – os mais usados, mas existem outros, como amônia, magnésio e silicato.

    Obs.: medicamentos devem ser evitados a qualquer custo usados apenas quando necessários. Qualquer medicamento prejudica o equilíbrio biológico do aquário. Não esqueça de retirar o carvão ativado e desligar o skimmer, para não cortar o efeito do produto. E após o uso de algum medicamento, recoloque o carvão ativado, troque 20% da água e na semana seguinte mais 20%. O melhor é ter um aquário hospital ou quarentena.
    DICAS

    Anjos, balistes, borboletas, entre outros são peixes que devoram corais e invertebrados, por isso não são recomendáveis para aquários contendo estes animais. Podem ser colocados em aquários somente de rochas vivas com outros peixes.
    É muito importante manter estáveis os parâmetros do aquário, mesmo que não consiga obter os parâmetros ideais não faça mudanças bruscas.
    BIBLIOGRAFIA
    Aquários Marinhos de Recifes de Corais – Alberto Bacelar

    O Aquário Marinho & as Rochas Vivas – Sérgio Gomes

    The Reef Aquarium Volume One – J. C. Delbeek and Julian Sprung

    Reef Secrets - Nilsen & Fossa

    Aquarium Corals - Eric H. Borneman

    Aquarium Corals - Eric H. Borneman
     

    Material interessante para pesquisa e discussões

    LOCAIS DE PESQUISA
    SUGESTÕES

    FORUM

    ILUMINAÇÃO

    Iluminação em aquários marinhos

    Grande parte dos corais fazem simbiose com algas chamadas zooxanthellaes. Essas algas se localizam por todo o tecido do coral.


    Zooxanthellae, algas unicelulares presentes no tecido do coral, convertem a luz em  energia para os corais. São responsáveis pelas lindas cores e tambem ajudam na formação das estruturas dos corais


    Tanto corais como algas obtém vantagens nestas associações, o coral com os carboídratos produzidos a partir do metabolismo das algas e as algas com os dejetos orgânicos liberados pelos corais. Por isso corais são considerados de certa forma seres autótrofos. Este assunto é hoje em dia muito discutido e estudado, pois está diretamente ligado às condições dos recifes de corais de todo o mundo. Por causa da fotossíntese realizada pelas algas zooxanthellaes que vem a preocupação e a necessidade de uma iluminação adequada em um aquário de corais.


    Propriedades da luz

    Intensidade:

    A intensidade luminosa é medida na relação lux e lúmens, quanto maiores esses dois parâmetros, maior a intensidade da luz emitida pela fonte luminosa. A intensidade das lâmpadas é apresentada em lúmens /watts.

    Por existirem vários tipos de lâmpadas e cada uma com uma intensidade luminosa diferente, se torna errada a medida de tantos watts por litro, que é muito comum de se ouvir por aí. Exemplificando, uma lâmpada incandescente comum de 150W tem uma intensidade muito mais baixa do que uma HQI da mesma potência.

    No aquário de corais é sempre preferível lâmpadas com intensidades mais altas. Para se ter uma idéia, em um dia de sol, um recife recebe na superfície da água de 60.000 a 100.000 lúmens por metro quadrado e quase metade disso a um metro de coluna de água. Isso evidencia o problema da absorção da luz pela água e da necessidade de lâmpadas eficientes, tentando se aproximar dos parâmetros normais de um recife de corais.



    Espectro luminoso:

    A temperatura de cor é medida em kelvins, quanto mais alta a temperatura de cor mais clara ela será, 6500 K branco puro, 10.000 K branco azulado, 20.000 K azul claro e assim por diante. Se encontram no mercado lâmpadas de 2.700 K a 50.000 K. É dito que lâmpadas com maior a temperatura de cor tem menor tempo de vida útil, perdendo intensidade e cor mais rapidamente, mas uma lâmpada de 10.0000 K pode ser usada por mais tempo para outros fins, já que ainda estará com tons bastante claros após alguns meses de uso e lâmpadas de 6500 K, talvez nem tanto.


    Espectro luminoso de uma lâmpada Aqualine 10.000 kelvins

    Os tipos de iluminação:

    As HQI's (Halogen Quartz Iodide, Halógena de Quartzo e Iodo):

    São importadas normalmente para o Brasil modelos bipolares (um pólo em cada extremidade da lâmpada) e nas potências de 70, 150, 250, 400 e 1000 W(sendo os dois últimos modelos mais indicados para uso em tanques e aquários com altura superior ou próximo a um metro). O refletor para o uso no aquário deve ser de alumínio, assim tendo uma resistência maior a oxidação causada pela água salgada. O vidro do refletor é temperado, tendo como função filtrar os raios UV emitidos pela lâmpada que seriam letais para todos os organismos do aquário e para nós mesmos. Hoje em dia, são as mais indicadas, tem uma ótima potência, a mais alta intensidade luminosa e um tamanho bastante compacto por isso, conseguem atingir uma coluna de água maior com alta intensidade luminosa em comparação a outros tipos de lâmpadas usadas em aquários. Criam um visual muito agradável na água fazendo aparecer as ondulações de luz no líquido (igual ao que acontece em piscinas), a desvantagem é que dissipam muito calor e acabam esquentando a água, sendo na maioria das vezes necessário o uso de algum modo de ventilação ou resfriamento da água. Muito importante também é ter cuidado para não tocar no bulbo desta lâmpada, pois a gordura dos dedos manchariam o quartzo comprometendo os raios de luz da lâmpada. Deve-se ter cuidado na hora de manusear o aquário com essas lâmpadas ligadas, pois se algum respingo de água encostar no vidro (temperado) de proteção do refletor, ele estourará.

    Lâmpada HQI Aqualine 10.000 K

    Evite olhar diretamente para esta lâmpada e se caso o vidro do refletor vier a quebrar, não ascenda até que o vidro seja substituído. A tampa do aquário para esta iluminação deve ter uma altura de 25 cm e ser aberta em algum ponto para que o ar possa ventilar


    Intensidade luminosa média das HQI's 10.000 kelvins

    150 W - 12.000 lúmens

    250 W - 19.000 lúmens


    Lâmpadas fluorescentes

    Tubulares: São as lâmpadas mais usadas atualmente pelos aquaristas. Vem sendo usadas no aquarismo a cerca de duas décadas por terem um preço mais acessível , serem produzidas (algumas) especialmente para aquarismo e dissiparem pouco calor.

    Existem diferentes tipos e modelos desta lâmpada, as rosada (aquaglo), actínicas , luz do dia e outras. A instalação mais recomendada é a com reatores eletrônicos, pois esquentam menos e são mais econômicos.

    Lâmpadas fluorecentes, diversos modelos

    Intensidade luminosa média de lâmpadas fluorescentes:

    Luz do dia, 18 W, 6.000 K - 1.300 lúmens
    Luz do dia, 36 W, 6.000 K- 3.250 lúmens

    Tubulares VHO:

    Tem o mesmo tamanho das tradicionais só que com uma potência maior, desse modo permitem ter uma luminosidade maior ocupando menos espaço na tampa. Essas lâmpadas necessitam de um reator tipo HO.

    Tubulares actínicas:
    Emitem uma cor bem azulada que em funcionamento conjunto com lâmpadas brancas, quebram o branco, dão um tom azulado muito agradável visualmente e ajudam a iniciar e a terminar o fotoperiodo do aquário(ligadas um tempo antes das brancas e desligadas um tempo depois). Acredita que ela emitir tons azulados, ajude a aumentar a taxa de fotossíntese das zooxantellas. Essas lampadas são disponíveis nos modelos normais e VHO.


    Fluorescentes compactas:
    Estão se tornando bastante úteis hoje em dia, possuem reatores embutidos, tem um preço baixo, podem ser encontradas em qualquer mercado ou loja de material elétrico, ocupam menos espaço na tampa do aquário e conseguem concentrar melhor a luz do que as fluorescentes tubulares.

    Lâmpada Power Compact 6.500 K
    O ideal é que as lâmpadas tenham uma alta intensidade luminosa, boa temperatura de cor e uma potência adequada ao tamanho do aquário e aos tipos de corais que se deseja ter no mesmo.


    Instalação
    A distância da fonte de luz até a superfície da água geralmente não deve ser superior a 25cm, assim tendo uma incidência luminosa maior dentro da água e atingindo com maior intensidade uma profundidade maior.

    O correto é instalar os reatores e outros aparatos elétricas longe do contato com água, evitando a corrosão, deterioração e um curto-circuito. Em caso de contato com alta umidade ou água, limpar e secar lâmpadas e refletores sempre que apresentarem sujeira ou camadas de sal .

    O fotoperíodo recomendado é de 8 á 12 horas em média, sempre cumprindo o mesmo horário, para isso é muito útil o uso de timers (eletrônicos ou analógicos), esse aparelho acenderá e apagará as luzes no horário pré-determinado por você, diariamente no mesmo horário. Esta constância é muito necessária para que os animais não se estressem e hajam com mais naturalidade.

    A forma que os vidros do aquário foram posicionados interferem na iluminação, aquários com mais de 80 cm de comprimento normalmente tem um travamento (de vidro) na parte superior, essas travas se montadas transversalmente alem de dificultar o manuseio do aquário, filtram a preciosa luz na região em que estão. Nos casos de lâmpadas HQI, as travas podem estourar. Por isso o mais recomendado é o uso de travas francesas, essa trava acompanha o aquário por todas as laterais superiores internas do aquário, facilitando muito o manuseio e não filtrando a luz. Também não deve haver nada entre a fonte de luz e a água, as tampas de vidro filtram a luz, diminuindo muito a entrada dela na água.

    Seguem exemplos de iluminação em um aquário marinho de 100x40x50cm (comprimento, altura e largura) com volume de 200 litros:

    5 fluorescentes power compacts 6400 K e 30 W + uma fluorescente actínica de 30 W (corais moles).

    2 VHO's de 10.000 K e 90 W + uma fluorescente actínica de 30 W (corais moles e poucos corais duros).

    1 HQI de 10.000 K e 150W + uma fluorescente actínica de 30 W (esquema para aquário comunitário de
    corais duros e moles).

    2 HQI's de 10.000 K e 150 W + uma VHO actínica de 90 W (corais duros principalmente).

    1 HQI de 10.000 K e 250 W (iluminação para corais duros, acroporídeos principalmente).

    No caso de dúvidas na instalação elétrica, consulte um eletricista.

    Fonte: http://www.reefforum.net/f22/iluminacao-em-aquarios-marinhos-213/

    quarta-feira, 14 de julho de 2010